terça-feira, 13 de setembro de 2011

PALMEIRA DOS INDIOS BERÇO DA CRIAÇÃO LITERÁRIA DE GRACILIANO RAMOS

Esta cidade foi governada por Graciliano Ramos, na década de 20, como prefeito do município, fez ao governador Álvaro Paes três relatórios, em: 1928, 1929 e 1930, com apuro estilístico e ironia corrosiva, prestando contas das suas atividades e enumerando as dificuldades para governar. Os relatórios chamariam a atenção de editores do Rio de Janeiro, pela qualidade literária que escondiam daí nascendo o escritor. Palmeira dos Índios é, portanto, o berço literário do autor de Vidas Secas, memórias dos Cárceres Vol. I e II, São Bernardo, Infância, Angústia e tantos outros livros, hoje traduzidos em mais de cinqüenta países do mundo.
Palmeira dos Índios é uma das mais aprazíveis cidades do interior alagoano. Plantada aos pés das Serras da Cafurna, Goiti, São José e Capela, é uma espécie de porta de entrada para o sertão. Ostenta por isso o título de Princesa do sertão, um clima intermediário, agreste, que proporciona elevadas temperaturas durante o dia e uma agradável aragem quase fria nas noites de lua.
As terras foram habitadas originalmente pelos índios Wakonã – kariri anos depois pelos Xucurú, que a povoaram no inicio do século XVI. Em 1798 passou a ser denominada Freguesia de Nossa Senhora do Amparo. Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (construção de 1805), os palmeirindienses criaram, em 1971, o Museu Xucurú, guardando algumas relíquias das tradições e costumes de sua sociedade, importantes peças Sacras e inúmeras urnas funerárias (igaçabas), em que os indígenas sepultavam os integrantes de suas tribos.
Contemplada por numerosas e belas palmeiras imperiais e outras espécies de palmeiras, a cidade de altos e baixos, nutre uma tradição pelas manifestações da cultura e das artes. Possui a Fundação das Culturas de Palmeira dos Índios e Região do Agreste (FACUPIRA), Academia Palmeirense de Letras, Ciências e Artes (APALCA), os jornais: Tribuna do Sertão, Folha de Alagoas, O Repórter, e Tribuna Popular. Excelentes Colégios como: Centro Educacional Cristo Redentor, Estadual Humberto Mendes, Logus, Complexo Educacional Agostiniano, José Victorino da Rocha, Douglas Apprato Tenório, Escola Marinete Neves, Escola Graciliano Ramos, Paulo Freire, Superação, Djanira Santos Silva e tantos outros. As universidades: Federal de Alagoas, Campus III, Estadual de Alagoas Campus II, Universidade Luterana do Brasil, Faculdade São Tomás de Aquino (Católica), Facinter e outras.
Palmeira dos Índios orgulha-se por abrigar o melhor hospital do Estado O Hospital Regional Santa Rita e Maternidade Santa Olímpia, com cerca de 70 médicos em várias especializações, onde os níveis de infecção hospitalar são os menores de Alagoas. Além do Museu Xucurú, merecem ser visitados: A Casa Museu Graciliano Ramos, A Biblioteca Pública Municipal e Espaço da Memória, Catedral Diocesana, Centro de Treinamento de Pastoral Pio XII (antigo Colégio Pio XII dos Padres da Congregação do Sagrado Coração de Jesus), o Cristo do Goiti no alto da serra, de onde você tem uma noção de toda a vista panorâmica da cidade.
As segundas feiras acontecem no Distrito de Canafístula de Frei Damião, a maior feira de gado vivo de Alagoas e a segunda maior do Nordeste.
Eventos culturais como: Festa Nacional da Pinha, Festival do Amendoim, Corrida de Jegue, Cavalgadas, Vaquejadas, São João, Natal e o famoso carnaval de Alagoas.
No folclore o município se destaca pelos seus grupos de: Reisado, Pastoril, Coco de Roda, Tertúlia Palmeirindia, Repentistas de Viola, autêntico Pagode Alagoano, Emboladores e Repentistas, tudo isto distribuído em uma população de quase 80 mil habitantes.
Na literatura o município se destaca pelos seus escritores, poetas e novelistas como: Carlos Pontes de Almeida, Valdemar Lima, Adalberon Cavalcante Lins, Luiz de Barros Torres, Ivan Barros, Alba Granja, Manuel Bezerra e Silva, Jorge Vieira, Padre Antonio Melo de Almeida, Isvãnia Marques, Erisvaldo Vieira, Maria Judite Rocha, Zaída Lins de Lima, Luciano José, Aparecida Sá, Ailta Rodrigues, Ronaldo Messias, Jorge Tenório Everaldo Damião, José Inácio Vieira, Eugênio Pacceli e tantos outros.

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