terça-feira, 13 de setembro de 2011

UM NÔVO OLHAR E RECONTAR SOBRE PALMEIRA DOS INDIOS

Texto de Jorge de Araújo Vieira
Quando pensamos em um Novo Olhar e Recontar sobre Palmeira dos Índios, pensamos em mostrar uma Palmeira de Palmeiras Imperiais uma Palmeira de tantas espécies de Palmeiras, uma Palmeira pujante, uma Palmeira histórica, uma Palmeira Monárquica, uma Palmeira Cultural, uma Palmeira folclórica e acima de tudo uma Palmeira Política e na moral da história uma Palmeira dos Índios encravada entre o Agreste e o sertão das Alagoas.
Palmeira da Lagoa do Goiti, da Praça de São Pedro, da Praça da Sé, da Praça da Independência, da Praça das Casuarinas, da Praça Humberto Mendes, todas elas embelezadas por esbeltas e elegante Palmeiras Imperiais.
E para isto, contamos com o apoio de: Dr. Sebastião Lessa Neto, Dr. Alcides Fernandes, Dr. Onofre Raimundo Medeiros Neto, Dr. José Clóvis Soares Leite, Dr. Marcelo Pimentel (avícola 3M), Dr. Manoel Barbosa (Neo da Caixa), empresário Villene Cavalcante de Araújo, Armarinho Machado, Ailta Rodrigues e Vereador Maxuel Feitosa. Dos Deputados Estaduais: Edval Vieira Gaia Filho e Marcos Ferreira e do Deputado Federal Francisco Tenório.
Agradecimentos: aos fotógrafos: Aurélio Cerqueira e João de Zefa da Ribeira.
Dentro das comemorações do 1º Decênio (10 anos) da Fundação das Culturas de Palmeira dos Índios e região do Agreste, queremos com esta exposição chamar a atenção dos palmeirindienses bem como dos visitantes que conheçam Palmeira dos Índios com os olhos do futuro baseados no seu desenvolvimento do presente.
BEM VINDO
WELCOME
BIENVENU
BIENVENIDO
Conheça a beleza e a elegância das mulheres palmeirindienses e a inteligência do homem palmeirindio.

PALMEIRA DOS INDIOS BERÇO DA CRIAÇÃO LITERÁRIA DE GRACILIANO RAMOS

Esta cidade foi governada por Graciliano Ramos, na década de 20, como prefeito do município, fez ao governador Álvaro Paes três relatórios, em: 1928, 1929 e 1930, com apuro estilístico e ironia corrosiva, prestando contas das suas atividades e enumerando as dificuldades para governar. Os relatórios chamariam a atenção de editores do Rio de Janeiro, pela qualidade literária que escondiam daí nascendo o escritor. Palmeira dos Índios é, portanto, o berço literário do autor de Vidas Secas, memórias dos Cárceres Vol. I e II, São Bernardo, Infância, Angústia e tantos outros livros, hoje traduzidos em mais de cinqüenta países do mundo.
Palmeira dos Índios é uma das mais aprazíveis cidades do interior alagoano. Plantada aos pés das Serras da Cafurna, Goiti, São José e Capela, é uma espécie de porta de entrada para o sertão. Ostenta por isso o título de Princesa do sertão, um clima intermediário, agreste, que proporciona elevadas temperaturas durante o dia e uma agradável aragem quase fria nas noites de lua.
As terras foram habitadas originalmente pelos índios Wakonã – kariri anos depois pelos Xucurú, que a povoaram no inicio do século XVI. Em 1798 passou a ser denominada Freguesia de Nossa Senhora do Amparo. Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (construção de 1805), os palmeirindienses criaram, em 1971, o Museu Xucurú, guardando algumas relíquias das tradições e costumes de sua sociedade, importantes peças Sacras e inúmeras urnas funerárias (igaçabas), em que os indígenas sepultavam os integrantes de suas tribos.
Contemplada por numerosas e belas palmeiras imperiais e outras espécies de palmeiras, a cidade de altos e baixos, nutre uma tradição pelas manifestações da cultura e das artes. Possui a Fundação das Culturas de Palmeira dos Índios e Região do Agreste (FACUPIRA), Academia Palmeirense de Letras, Ciências e Artes (APALCA), os jornais: Tribuna do Sertão, Folha de Alagoas, O Repórter, e Tribuna Popular. Excelentes Colégios como: Centro Educacional Cristo Redentor, Estadual Humberto Mendes, Logus, Complexo Educacional Agostiniano, José Victorino da Rocha, Douglas Apprato Tenório, Escola Marinete Neves, Escola Graciliano Ramos, Paulo Freire, Superação, Djanira Santos Silva e tantos outros. As universidades: Federal de Alagoas, Campus III, Estadual de Alagoas Campus II, Universidade Luterana do Brasil, Faculdade São Tomás de Aquino (Católica), Facinter e outras.
Palmeira dos Índios orgulha-se por abrigar o melhor hospital do Estado O Hospital Regional Santa Rita e Maternidade Santa Olímpia, com cerca de 70 médicos em várias especializações, onde os níveis de infecção hospitalar são os menores de Alagoas. Além do Museu Xucurú, merecem ser visitados: A Casa Museu Graciliano Ramos, A Biblioteca Pública Municipal e Espaço da Memória, Catedral Diocesana, Centro de Treinamento de Pastoral Pio XII (antigo Colégio Pio XII dos Padres da Congregação do Sagrado Coração de Jesus), o Cristo do Goiti no alto da serra, de onde você tem uma noção de toda a vista panorâmica da cidade.
As segundas feiras acontecem no Distrito de Canafístula de Frei Damião, a maior feira de gado vivo de Alagoas e a segunda maior do Nordeste.
Eventos culturais como: Festa Nacional da Pinha, Festival do Amendoim, Corrida de Jegue, Cavalgadas, Vaquejadas, São João, Natal e o famoso carnaval de Alagoas.
No folclore o município se destaca pelos seus grupos de: Reisado, Pastoril, Coco de Roda, Tertúlia Palmeirindia, Repentistas de Viola, autêntico Pagode Alagoano, Emboladores e Repentistas, tudo isto distribuído em uma população de quase 80 mil habitantes.
Na literatura o município se destaca pelos seus escritores, poetas e novelistas como: Carlos Pontes de Almeida, Valdemar Lima, Adalberon Cavalcante Lins, Luiz de Barros Torres, Ivan Barros, Alba Granja, Manuel Bezerra e Silva, Jorge Vieira, Padre Antonio Melo de Almeida, Isvãnia Marques, Erisvaldo Vieira, Maria Judite Rocha, Zaída Lins de Lima, Luciano José, Aparecida Sá, Ailta Rodrigues, Ronaldo Messias, Jorge Tenório Everaldo Damião, José Inácio Vieira, Eugênio Pacceli e tantos outros.

PALMEIRA DOS INDIOS E O TEATRO

1928 – Uma trupe “Os Clementes”, procedentes de São Paulo e Rio de Janeiro, passeando por Alagoas, ficando um mês, em temporada em Palmeira dos Índios, com grande sucesso. Durante quinze dias se apresentaram no Teatro de propriedade do Dr. Alípio. Os outros 15 dias, no Teatro de propriedade de dona Dondon Tobias. Da peça e montagem em Palmeira dos Índios, fizeram parte três atores amadores de nossa cidade, foram eles: Marçal Oliveira, Levino Moura e Manoel Gracindo.
1929 – É inaugurado o Teatro Dom Bosco, construído pelo Padre Francisco Xavier de Macedo. A estréia da inauguração foi com os espetáculos “No mundo da Lua”, uma revista musical. Autor da peça e direção de: Chico Clemente. Uma revista feminina participaram 25 jovens de nossa cidade, destaques para: Marizita, Otacília Rocha, Julieta e Otacília Vieira, Nilda de Catonho e Adélia Ferreira de Araújo.
O grande sucesso teatral do grupo foi a revista “Coisas da Cidade”, que ficou em cartaz durante um ano e dois meses.
1929 – Foi inaugurada a primeira Escola de datilografia de propriedade da professora Camila de Lelis Calheiros Pires em dezembro do mesmo ano acontece à formatura da primeira turma. Fizeram parte da comissão julgadora: Padre Francisco Xavier de Macedo, Dr. Miguel Lopes (juiz de Direito), Graciliano Ramos de Oliveira (prefeito de Palmeira dos Índios) e José Pinto de Barros.
1925 – ESTRÉIA o Pastoril de dona Marieta Ramos, esposa do senhor Pedro Ramos.
1953/18 de janeiro – José Mendes pereira, inaugura o maior parque de vaquejada do nordeste, hoje pertence ao empresário Joventino Ferreira, que o mantém até os dias atuais. Quando foi inaugurado, era considerado pela vaqueirama como Maracanã para o futebol.
1962/19 de agosto – É instalada a Diocese de Palmeira dos Índios, que foi criada pela Bula Pontifícia “Quan Supreman” de 10 de fevereiro de 1962 – pelo Papa João XXIII.
1969 – De 12 a 14 de dezembro, acontece em Palmeira dos Índios o 1º Congresso Estadual de Jornalismo. Na abertura do congresso, o jornalista Eronildes Lemos, improvisou a quadra que segue: Eu vejo neste ambiente
Que o tempo não foi tirano
A gente sente presente
O “velho” Graciliano.

Colegio Pio XII - Palmeira dos Índios



Padre Ludegero 1968